Vivemos dias em que somos intensamente bombardeados por propagandas, mensagens e imagens, seja através da TV, rádio, redes sociais e internet de modo geral, tentando nos mostrar o “caminho para a felicidade”. Coisas do tipo: beba tal cerveja e esteja rodeado de amigos, estude nesta universidade e tenha seu futuro profissional garantido, compre esse carro e sua vida será uma aventura, tenha um relacionamento afetivo (ou mais que um) e a solidão acabará.. Sem contar as inúmeras fórmulas para emagrecer, secar a barriga e para deixar o cabelo liso (ok, caro leitor, acho melhor parar por aqui, essa lista seria infinita e não quero que você se canse e não chegue até o final da leitura!).

O que gostaria de trazer para a reflexão é que, a todo momento, nosso olhar é direcionado para o que falta ou para o que a sociedade dita como sendo o padrão ou o ideal para alcançarmos a felicidade e o sucesso em nossa vida.

Muito provavelmente, algumas pessoas beberam a cerveja do momento e, ao invés de amigos, ganharam uma ressaca, outras cursaram boas universidades e hoje se encontram desempregadas ou exercem funções incompatíveis com sua formação, outras, ainda, compraram o carro tal e a vida continuou na mesma rotina (não se tornou uma aventura, como nos comerciais de TV), com a diferença do acréscimo de n prestações a serem pagas. Sem contar aquelas que, para não ficarem sozinhas, entraram em relacionamentos que são verdadeiros pesadelos e hoje não sabem como sair disso ou as que, no intuito de terem o cabelo liso, arrumaram um problema capilar..

Necessidades são criadas para nós, a todo o momento, somos incentivados a direcionar o nosso olhar para essa “falta” e, na corrida desenfreada para supri-la, estamos deixando de fazer algo simples, mas essencial para nosso bem-estar e equilíbrio, que é agradecer pelo que temos. Quando olhamos somente para o que nos falta ou o que não conquistamos ainda, deixamos de enxergar tudo o que já construímos e passamos a ser guiados por essa “falta” e isto tende a gerar ansiedade, angústia e até desespero, em alguns casos.
Por favor, caro leitor, não pense que estou aqui incentivando o conformismo, que não devemos lutar pelos nossos sonhos e projetos, não é isso.. Venho dizer, simplesmente, que é completamente possível vivermos felizes e de forma equilibrada, sendo gratos!

Nós, os cristãos, somos orientados a sermos gratos em todas as situações: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Tessalonicenses 5:18). Agradecer em tudo, significa ser grato quando tudo vai bem e não murmurar/reclamar, quando as coisas vão mal (em meio aos problemas da vida),  mas agradecer pela oportunidade de aprender com eles (os problemas), aumentando, assim, nossa resiliência (capacidade de enfrentarmos de forma saudável as dificuldades, ou seja, de dar a volta por cima!).

Quando agradecemos, tiramos o foco do que nos falta (ou do que achamos que nos falta) e o voltamos para tudo o que temos e, fazendo isso, percebemos que temos muito mais do que pensávamos… Isso não é maravilhoso?!!!
Quando agradecemos, ao invés de reclamar, murmurar e lamentar, criamos uma atmosfera mais leve para nós e para os que estão ao nosso redor. Você gosta de ficar perto de gente que vive reclamando? pois então, muito provavelmente, quem está ao seu lado também não…
Quando agradecemos, nosso humor melhora, passamos a agir de forma mais positiva e otimista e tudo flui de maneira mais agradável, menos sofrida..

Não pense, caro leitor, que essa questão da Gratidão é conversa de crente ou de gente religiosa; existem inúmeros estudos científicos que comprovam os benefícios da prática da Gratidão na saúde física, emocional e nos relacionamentos, mas isto será assunto para a próxima semana, quando trarei exercícios específicos para a prática da Gratidão.

Por enquanto, quero encorajar você a olhar para aquilo que considera ser um problema, no momento, e agradecer (depois me conte como se sentiu!!!)
Por exemplo (isto é só um exemplo, olhe para o que você está vivendo no seu momento e que considera como um problema): suponhamos que tenha passado por uma cirurgia ortopédica e esteja em reabilitação (não pode andar, nadar, correr, está afastado do trabalho e por aí vai…) e isto pode estar te entristecendo muito ou até deprimindo. Você já sabe de todas estas limitações impostas por esta condição, não precisa ficar se lembrando delas o tempo todo (isso só tende a desanimar), então, pode começar agradecendo por estar vivo, por ter alguém ao seu lado cuidando de você; pode não estar andando no momento, mas pode enxergar, ouvir, então, agradeça por isso. Ao invés de reclamar por ter muito tempo livre (devido às limitações da cirurgia) e não ter o que fazer, agradeça por este tempo e faça coisas que estava adiando, como ler aquele livro que estava encostado ou aprender algum artesanato.

Espero poder tê-lo ajudado em algo e que você volte para ler a parte final deste texto!!!
Comente, deixe sugestões e compartilhe!

Obrigada pela visita!
Deus abençoe!

Continua…

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